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10/03/2015

Um olhar sobre a vida nos banhados

O último sábado (dia 7) foi de trabalho de campo para algumas das 13 pesquisas científicas mantidas pelo Projeto VerdeSinos na região. Uma delas, a cargo da Universidade Feevale, teve atividade em Campo Bom, no banhado nos fundos do Parque do Trabalhador, junto à Avenida dos Municípios. O local é uma das quatro áreas úmidas de amostragem onde está sendo feito um diagnóstico florístico desse tipo de ecossistema na região. Outros dois banhados do estudo ficam em São Leopoldo (Base Ecológica do Rio Velho e Piscicultura Daudt) e Santo Antônio da Patrulha (em uma fazenda no interior do município).

“Estamos fazendo o levantamento herbáceo, arbóreo e epifítico (plantas que vivem sobre outras plantas, como bromélias e orquídeas) dessas áreas”, explica o mestrando Paulo Henrique Schneider, do curso de Biologia da Feevale. “São locais que estão sofrendo impactos pelo avanço das cidades e ainda não temos muito conhecimento sobre esses ambientes.” A ideia é, a partir das espécies, aprofundar o conhecimento sobre dinâmica do ecossistema e sua importância para a região.

AÇÕES IMPORTANTES

Schneider foi a campo no sábado acompanhado da estudante de Biologia Camila Golfeto, que está apreciando a experiência. “No curso nós normalmente realizamos saídas de campo, mas eu inda nunca havia entrado em áreas úmidas. São ambientes de bastante diversidade e muito importantes para o ecossistema da região.” Além dela, a equipe conta ainda com a também acadêmica de Biologia Vanessa Graeff.

O trio atua na pesquisa coordenada pelo professor Jairo Lizandro Schmitt. O nome completo do estudo é Estudo da floresta vascular como indicador de qualidade ambiental: uma análise em nascentes e áreas úmidas da Bacia Hidrográfica do Rio dos Sinos. Além da Feevale, também têm pesquisas no VerdeSinos a Unisinos, Ufrgs e a União Protetora do Ambiente Natural (UPAN), de São Leopoldo.

 SAIBA MAIS:

O Projeto VerdeSinos é encabeçado pelo Comitê de Gerenciamento da Bacia Hidrográfica do Rio dos Sinos (Comitesinos) e pela Fundação universitária para o Desenvolvimento do ensino e da Pesquisa (Fundepe). A iniciativa tem patrocínio da Petrobrás, através do programa Petrobras Socioambiental, e parcerias com o apoio do Ministério Público Estadual (MP), Emater, Irga, sindicatos rurais, prefeituras e outras instituições. Além das entidades de pesquisa.

A iniciativa surgiu em 2009, oriunda do Projeto Piloto de Recomposição da Mata Ciliar da Bacia do Rio dos Sinos, que em 2008 já desenhava uma parceria entre o Comitesinos e seus parceiros. O objetivo inicial era uma ação permanente para reverter a degradação ou ausência da vegetação ribeirinha. Na primeira fase, o VerdeSinos superou a marca de 330 hectares de mata ciliar preservados ou em processo de recuperação, com mais de 52 mil mudas plantadas, 114 mil metros de arame e 6 mil mourões. Tudo isso mobilizando mais de 6 mil pessoas, em 21 municípios da região.

A partir de 2014 o VerdeSinos entrou em um novo patamar, ampliando suas ações também para a identificação, preservação e recuperação de áreas úmidas (banhados), nascentes e encostas, além da criação de Unidades de Conservação.

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