Comitesinos define prazo para interrupções da transposição Caí/Sinos
Comunicação Comitesinos
O Comitesinos definiu na última semana que as interrupções previstas pela CEEE na transposição da Bacia do Caí para a Bacia do Sinos no Sistema Salto em 2017 sejam realizadas de preferência entre os meses de abrile novembro. A medida é para que as obras de ampliação da capacidade da Usina de Bugres não prejudiquem a comunidade da Bacia nos meses de estiagem do Rio dos Sinos.
A deliberação foi aprovada por unanimidade, na plenária ocorrida quinta-feira (dia 10), na Unisinos.
Conforme o presidente do Comitesinos, Adolfo Klein, antes da decisão ser submetido ao colegiado da entidade, o melhor período para as interrupções na transposição foi definido na reunião da Comissão Permanente de Assessoramento (CPA) do Comitê de Bacia – que reúne técnicos de diversas áreas, inclusive os representantes das empresas de abastecimento, dos produtores rurais e da própria CEEE (principais categorias interessadas no processo). Para o representante da CEEE no Comitesinos, Luís Airton Ferret, o debate foi tranquilo e a decisão atendeu ao interesse da comunidade.
AMPLIAÇÃO
O projeto da CEEE prevê a interrupção do fornecimento de água do Caí para o Sinos em três oportunidades em um cronograma que abrange o esvaziamento, inspeção e eventuais reparos do túnel adutor (na saída da Barragem do Salto, em São Francisco de Paula) e troca da tubulação de dois metros de diâmetro por outra de 3 metros de diâmetro no 1,2 quilômetro da barragem até a Usina de Bugres. Isso para instalação de uma nova turbina geradora na usina, aumentando em 13 megawatts, entre outas melhorias.
O Sistema Salto foi inaugurado na década de 1950 e desvia até 11,6 metros cúbicos por segundo de água da Bacia do Rio Caí. A água é aproveitada para geração de energia nas usinas de Bugres e Canastra e dali vai para o Rio Paranhana, que por sua vez deságua no Rio dos Sinos. Dos 11,6 m3/s da transposição, 7,4 m3/s passam pela turbina geradora em Bugres (depois a água é acumulada na barragem da Divisa, onde passa pela outra usina mais abaixo).
Com as obras de ampliação, a CEEE deve passar 12,2 m3/s segundo na Usina de Bugres, ampliando e otimizando o recurso hídrico.