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Corsan apresentou ao Comitesinos plano de regularização e cobrança de redes de esgotos em residências no Estado

20 de outubro de 2017

Comunicação Comitesinos

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E CEEE apresentou resultado de laudo onde mostra que, por enquanto, não será possível ampliar a Pequena Central Hidrelétrica dos Bugres, em Canela.  

 

-  Por Laura Piffero – Assessoria de Imprensa do Comitesinos

 

         Em Plenária Ordinária, nesta quinta-feira, 19, a Companhia Riograndense de Saneamento (Corsan), apresentou aos membros do Comitesinos, dados sobre as mudanças na cobrança da disponibilidade de esgotamento sanitário nos municípios dos quais tem a concessão dos serviços no Rio Grande do Sul.

 

         A partir de 2018 entra em ação uma campanha da Corsan para regularizar e aumentar o número de economias ligadas a rede de esgoto da rua, ou seja, efetivar de fato o saneamento básico. Muitos municípios hoje possuem cerca de 70% a 80% de rede de esgoto em suas ruas, mas o número de efluente tratado efetivamente, não chega, muitas vezes, a 20%. Um dos motivos para isso, que gera desperdício de dinheiro público e deterioração do meio ambiente, é a falta de ligação do esgoto da rua, com o esgoto que sai de dentro de casa, que unidos fazem o tratamento correto e a destinação do esgoto de maneira sustentável.

 

         A ideia para o ano que vem é que, quem tiver rede coletora e não fizer a ligação correta, vai pagar o dobro do valor pela disponibilidade do esgoto na sua conta de água, mesmo que não use. “Não nos interessa o valor cobrado, mas que haja uma mudança de cultura e que as pessoas entendam que o esgoto que sai de dentro de suas casas, precisa ser tratado, urgente”, explica Sávio Fernando Scherer, contador e tesoureiro da Corsan. O Comitesinos entende que a demanda é urgente e necessita de atenção para que a água receba cada vez menos poluentes e esgoto não tratado. Nos municípios atendidos pela Corsan e que pertencem a bacia do Rio dos Sinos, o entrave para o início da campanha e posterior cobrança está na publicação de resolução pelo Pró-Sinos. A demanda, ainda sem retorno, foi encaminhada pela Corsan ao consórcio, que passou a ser agencia reguladora, cobrindo a maior parte dos municípios da bacia do Rio dos Sinos.

 

          O processo vai funcionar com aviso prévio e tempo de 120 dias para os moradores se adequarem as normas, após esse tempo o valor da tarifa de esgoto vai aumentando proporcionalmente e, quanto mais tempo o proprietário esperar para fazer a ligação, mais ele irá pagar pela disponibilidade. A ligação do esgotamento é de responsabilidade do proprietário do imóvel e a vistoria será feita pela Corsan, bem como a autorização para conectar as redes.

 

Assista ao vídeo sobre o tema aqui.

 

         Segundo Scherer, o Nível de Universalização de Esgoto (NUE) melhora à medida que mais imóveis se conectam ao sistema de esgotamento sanitário. Antes, quem não se conectava (para evitar a tarifa) continuava a poluir o meio ambiente sem maiores consequências. Agora, com as novas normas quem não se conectar ao sistema de esgoto pagará a tarifa pela disponibilidade desse sistema. O valor da tarifa será calculado proporcionalmente ao volume de água consumido (ou estimado) no mês e a tarifa de esgoto ligado é mais barata do que a tarifa de esgoto para quem não liga. “Mas só será cobrado quem tiver disponível em frente sua casa o esgoto sanitário, então as pessoas devem esperar a notificação da Corsan”, explica Sávio.

 

CEEE apresenta resultado de laudo que previa aumento da vazão da Hidrelétrica dos Bugres

Não vai ser possível, por enquanto, aumentar a capacidade de vazão de água na Pequena Central Hidrelétrica (PCH) dos Bugres, em Canela, em função de algumas patologias encontradas no revestimento do túnel, por desgaste natural. Essa foi a conclusão de um trabalho inédito no Rio Grande do Sul, feito pela CEEE, em julho deste ano e que movimentou centenas de profissionais do País e paralisou as atividades do túnel por alguns dias. O resultado foi apresentado na Plenária do Comitesinos, na tarde desta quinta-feira, 19.

 

A PCH situada em Canela, está em operação desde 1952 e tem capacidade de gerar 11 megawatts. Recentemente, a CEEE obteve financiamento com Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID) para ampliar a potência da usina para 19 megawatts, um aumento de mais de 80% na geração de energia elétrica. Mas com o laudo apresentado, a ampliação terá que esperar, pois em razão dessas patologias (desgastes no revestimento interno do túnel), não poderá ser feita a ampliação pela necessidade de novos recursos, já que os disponíveis não previam essas intervenções de restauração. O túnel é responsável pela transposição das águas do Rio Santa Cruz, a partir da barragem do Salto, em São Francisco de Paula, para a Hidrelétrica de Bugres, em Canela.

 

Uma das preocupações do Comitesinos era a possível interrupção desse aqueduto, novamente, ainda nesse ano ou início de 2018, já que no verão o volume de chuvas é baixo e isso poderia prejudicar o abastecimento, mas hipótese de paralisação foi descartada pela engenheira da CEEE responsável pelo trabalho, Camila Smiderle.

 

Assista o vídeo da inspeção aqui.

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