Mapeamento das áreas de inundação volta à pauta da plenária
Comunicação Comitesinos
O colegiado do Comitesinos voltou a se debruçar, na última quinta-feira (dia 14), sobre a o mapeamento das áreas de inundação do Rio dos Sinos. Dessa vez, para conhecer o espaço de extravasamento natural das cheias nas partes Média e Alta do curo d´água (de Sapiranga até a sua nascente, em Caraá), segundo estudo desenvolvido pelo Projeto VerdeSinos – patrocinado pela #Petrobras, através do Programa Petrobras Socioambiental.
O tema foi destaque na pauta da reunião plenária ocorrida à tarde, no Auditório E09 005, Escola de Gestão e Negócios da Unisinos, em São Leopoldo. O estudo é um complemento ao mapa das áreas de inundação do trecho inferior do Sinos – entre Campo Bom e Canoas, cuja delimitação havia sido oficializada em novembro pela plenária do Comitê. Com isso, o colegiado tem até o próximo mês para esclarecer dúvidas e debater a segunda parte do estudo.
A ideia é que a validação do restante do mapeamento seja votada na plenária de maio. Isso ocorrendo, a cartografia das zonas de cheias das partes Média e Alta do rio também passarão a integrar o Plano de Bacia, a exemplo do que ocorreu com a etapa aprovada no final de 2015. O passo seguinte será a disponibilidade do mapa completo para de consulta por parte da sociedade, como ocorre hoje com o trecho entre Campo Bom e Canoas.
FERRAMENTA
A apresentação do estudo ficou a cargo do professor e vice-diretor do Instituto de Pesquisas Hidráulicas da UFRGS, Carlos André Bulhões Mendes, encarregado da pesquisa. Ele destacou que o mapa de áreas de inundação da Bacia do Rio dos Sinos “é um instrumento para auxiliar os municípios no sentido de evitar danos, fornecendo informações para que os gestores públicos tomem decisões”. O documento também foi abordado pelo coordenador da Rede Ambiental do Rio dos Sinos do Ministério Público Estadual, Ricardo Rodrigues, que defendeu a importância do estudo para orientar em relação a decisões sobre a ocupação do solo.
No mesmo sentido, o presidente do Comitesinos, Adolfo Klein, lembrou que a ação é inédita no País e reforçou o objetivo de aparelhar os gestores municipais e a comunidade. “Existe uma legislação ampla que já protege tais espaços e a própria Constituição também assegura o resguardo da dignidade da pessoa humana e a proteção do meio ambiente. O problema é que muitas vezes faltava uma ferramenta técnica para dar segurança aos agentes públicos para fazerem cumprir a lei ou para a sociedade poder exigir esse cumprimento. Agora temos esse instrumento”, salientou Klein.
PROJETO VERDESINOS
O mapeamento das áreas de inundação do Rio dos Sinos é apenas uma das frentes que integram o Projeto VerdeSinos, A iniciativa abrange 12 outras pesquisas e diversas ações práticas para recuperação, conservação e preservação de áreas úmidas, encostas e nascentes da na Bacia do Sinos. O projeto é coordenado pelo Comitesinos e pela Fundação Universitária para o Desenvolvimento do Ensino e da Pesquisa (Fundepe). E conta com parceria da Unisinos, Universidade Feevale, Ufrgs, Movimento Roessler, Emater, Irga, sindicatos rurais, prefeituras e Upan, além do apoio do Ministério Público Estadual e de outras instituições.