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Projeto para compostagem a partir dos resíduos de podas

Comunicação Comitesinos

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Como realizar adequadamente as podas na área urbana, quando podar e quando não podar, além de dicas de cortes de ganhos e ramos em diversos tipos de árvores frutíferas. Assim foi a oficina realizada na última semana pela turma do Dourado em Sapiranga. A atividade ocorreu nos dias 6 a 8 de agosto, no Centro Municipal de Estudos Ambientais (Cemeam) e o curso ficou a cargo da engenheira agrônoma Sandra Wienke Tavares, do Serviço Nacional de Aprendizagem Rural (Senar).  A atividade faz parte do projeto de instalação, no Cemeam, de uma central de compostagem de resíduos de podas, que por sua vez é um dos seis trabalhos que integram o exercício prático da Oficina de Projetos – realizada pelo Programa Permanente de Educação Ambiental (PPEA) do Comitesinos.

Segundo a coordenadora do Dourado em Sapiranga, Cátia Apollo, o curso teve uma duração de 24 horas/aula e abrangeu funcionários da Secretaria de Obras do município, agricultores locais e servidores da Secretaria de Serviços Urbanos de Ivoti, além dos professores e funcionários do Cemeam. “Foi uma troca de experiências muito rica para qualificar o serviço na cidade e preparar o funcionamento de nossa central de compostagem”, ressalta Cátia. Conforme a professora, o projeto (que tem apoio da prefeitura) será, na verdade, uma experiência piloto, já que não comporta toda a demanda dos resíduos de podas de Sapiranga.

O Cemeam é um espaço de educação ambiental mantido pela prefeitura, onde os estudantes aprendem na prática sobre a importância da vegetação nativa para o ecossistema e sobre o cultivo de mudas para reflorestamento e de plantas medicinais. Isso além da preservação dos recursos hídricos e da fauna. Para a diretora Fabiana Haubert, além de fornecer material para o cultivo de plantas, o espaço de compostagem será um item a mais para as atividades de ensino. “Vamos incentivar os alunos a cobrarem em casa a destinação correta dos resíduos”. Além disso, a intenção é multiplicar o aprendizado sobre a poda de plantas. “Por isso a equipe do Cemeam participou do curso”, completa Fabiana.

TÉCNICAS

A engenheira agrônoma Sandra Tavares ensinou também a preparar armadilhas para a mosca-da-fruta e a fazer a calda bordalesa, um preparado que serve como uma espécie de desinfetante para as plantas, facilitando a cicatrização e impedindo que os ferimentos de cortes sirvam de entrada para microrganismos nocivos. “O astral foi muito bom aqui em Sapiranga”, comentou a instrutora do Senar, sobre o curso no Cemeam. Segundo ela, o principal objetivo do curso é evitar principalmente o corte exagerado das plantas. “Pode-se até ter poda de menos, mas nunca demais”, resumiu. Nesse interim, ela falou sobre podas de formação, frutíferas, de limpeza e de rejuvenescimento das plantas.

Para o servidor Gilberto Lenhart, da Secretaria de Obras de Sapiranga, o curso foi bastante válido. “Nós participamos seguidamente de cursos na área e toda a troca de experiência é sempre muito boa”, comentou. Segundo ele, o maior problema quanto ao corte de árvores na cidade é quando os moradores resolvem tomar a iniciativa. “Normalmente, eles fazem barbaridades com as árvores, ou porque caem folhas na calçada ou alegando que falta de sol no inverno. Só que prejudicam as plantas e sequer se lembram de que vão querer sombra no verão”, comenta, sobre as desculpas mais comuns.

A mesma coisa é verificada em Ivoti, conforme o representante do município no curso. “Há também as pessoas que requisitam a poda em frente à sua casa, a gente a realiza com a técnica adequada e elas não ficam satisfeitas, por acharem que teríamos que tirar todos os galhos. Só que vale lembrar que o corte de árvore em via pública feito por morador é infração passível de multa”, assinala.

OFICINA

A Oficina Projetos do PPEA vem ocorrendo desde o ano passado, ensinando aos professores como elaborar projetos para captar recursos junto a entidades públicas e privadas, através de editais ou programas de responsabilidade ambiental. Depois das etapas em sala de aula, quando aprenderam a identificar ações que aliassem educação ambiental a recuperação ou preservação junto a suas comunidades, agora a turma está colocando em prática seus projetos.

Isso contando com um recurso de R$ 10.833,33, repassado pelo PPEA (dentro do patrocínio da Petrobras) para cada iniciativa. Dinheiro que está sendo reforçado com outras parcerias buscadas pelos professores em suas comunidades – o que, aliás, também faz parte do aprendizado. As atividades da Oficina estão agora a cargo do professor Fernando Soares, que substituiu o Paulo Fernando Saul, falecido em julho e que havia iniciado a atividade. Tudo com auxílio da secretária administrativa do Comitesinos, Débora Cristina da Silva.

Até novembro, os participantes devem fazer o fechamento das atividades propostas em seus orçamentos. Aí, a turma vai entrar no módulo de prestação de contas, onde cada um vai fechar seu relatório final.

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